| A Incrível Carta 1# | Começar a uma quarta-feira de Cinzas.
Qualquer dia é bom, não é?
Olá, pessoa incrível.
Espero que estejas bem.
Se é a primeira vez que me estás a ler, não estranhes o “incrível” ali. Costumo usar esse “nome querido” com a comunidade que me acompanha aqui ou aqui, por exemplo. Na verdade, costumo usar esse título na maioria dos contextos relacionados com o AEscrever, portanto, não estranhes, está tudo bem e não se trata de nenhuma forma de sedução aleatória.
A primeira edição nesta plataforma d’A Incrível Carta acontece a uma quarta-feira de Cinzas: o primeiro dia da Quaresma. Parece tudo muito solene e, até, um pouco profundo, mas, desengana-te. Na verdade, a data não foi escolhida: foi aleatória. Calhou. Eu tenho uma certa mania de não começar as coisas num primeiro dia: numa segunda-feira, no início de um mês, no início de um ano. Sinto que não há um propósito em fazê-lo.
Consigo dizer-te umas quantas situações em que não comecei num primeiro dia de qualquer coisa: comecei o meu negócio atual a meio de um mês, comecei a namorar numa terça-feira, comecei a fazer exercício físico regular 15 dias antes do fim do ano e mudei de cidade (e de vida) a meio de uma pandemia.
Sou capaz de encontrar mais alguns exemplos, mas a memória falha-me.
Não diria que é propositado. Não escolho mudar ou agir num determinado dia, só porque é esse dia. Tomo uma decisão e, quando é para avançar, avanço. Não fico à espera que chegue a próxima segunda-feira ou o próximo dia 1. Na minha cabeça, a ideia que surge é: “para quê esperar se é isto que faz sentido?”.
Imagino que isto possa parecer impulsivo, mas não é o caso. Sossega.
É uma forma de olhar para as coisas. Não faz sentido para mim esperar uns dias ou umas semanas para avançar só porque assim começamos num primeiro dia. Adiar só para começar num dia certo? Naaaaa, passo.
Se a decisão está tomada, se já fizeste todos os cálculos, avança. Podes estar a perder tempo e oportunidades. E ninguém tem tempo para isso, verdade?
Bom, antes de me despedir de ti e desta primeira comunicação neste lugar bonito… Tenho um alerta: depois do abraço apertado que te deixo, há mais para ler. Terás sempre mais para ler. São umas recomendações/ novidades/ conteúdo/ coisas boas que partilho contigo. Tudo de boa vontade e com convicção, como manda a lei.
Ah! E se alguém reparou que hoje é um primeiro dia - porque é o primeiro dia da Quaresma -: isso só funciona para quem está a contar os dias para a Páscoa. Nesta altura do ano, a única coisa que conto é chocolates. Mas, convenhamos: eu conto-os durante todo o ano.
Um abraço apertado,
Gisela.
Podes levar, é fresquinho.
Esta é a secção de conteúdo fresquinho ou das novidades dignas de nota.
Novo episódio do Incrietação: A Vera Pereira é mentora e foi a minha última convidada no podcast. Falou-nos sobre o seu percurso profissional pouco convencional, resiliência, mentoria e outras coisas que (talvez) queiras ouvir. Podes assistir ao episódio aqui ou escutar aqui.
Música para os teus ouvidos.
Sou aquela leitora que gosta de ler alguns livros da moda, mesmo quando o calor da fama já não é tão notório. Li o Primeiro Pergunte Porquê do Simon Sinek há uns meses e achei que merece a tua leitura. Não digo que seja o livro que vai trazer-te cafés, mas tem algumas ideias que merecem o teu olhar.